FOTOdiario

Este blog pertence a quem mais não vai querer que partilhar alguma da experiencia adquirida ao longo dos seus anos os quais não são assim tão poucos. Assim fica revelada aqui a sua intenção.

4.10.09

Violação de direitos ?

Exmo. Sr. Presidente da Junta de
Freguesia de
EIXO
Excelentíssimo Senhor

No dia 21 de Setembro, pelas 10 horas, ao sair de minha casa e da minha garagem foi com grande surpresa que deparei com uma montanha de ramos, encostados ao muro do MEU Jardim e à entrada da viela que dá acesso à minha propriedade O referido monte era nem mais nem menos que o resultado de uma acção inqualificável por parte da Junta que Vossa Excelência tão eficientemente dirige.

Violação de direitos ou caso de polícia?

Opto, e sempre optei, por uma divisa “ a lei é dura mas é lei”
È claro que eu sei que os ramos das figueiras que pendem sobre a viela me pertencem e que é ao proprietário que cabe mandar cortá-los desde que para tal for notificado por quem de direito ou a isso tiver direito.
Se esse procedimento é exigível entre vizinhos por maioria de razão um órgão de poder não pode disso estar isento.
Portanto, em termos legais, a autarquia não poderia mandar executar tal corte sem antes notificar o proprietário (-e só depois da recusa deste -) respondendo, obviamente, pelos prejuízos causados.
Se Maquiavel sustentava que “ os fins justificam os meios” a verdade é que não queremos recuar aos tempos em que esse órgão, em épocas recentes, foi chefiado por quem atropelou direitos, – (talvez por ignorância) – em alegado beneficio das populações
Ora
-venho por este meio – e por agora –, manifestar o meu protesto pela falta de consideração e do respeito da mais elementar regra de boa educação que esse órgão (independentemente da lei) deveria ter com o cidadão RUI DE PINHO NETO BRANDÂO que pensa não merecer tal tratamento. Não está – nem quer estar - acima ou abaixo da lei, mas …
-Nem um telefonema, um toque na campainha, um aviso mesmo que fosse na hora …. (ao menos) … para combinar os cortes,
Bem ao contrario tudo foi praticado no silencio da manhã e do qual só tive conhecimento por um acaso e por que necessitei de sair.
.Talvez Vª. Ex.ª. não perceba a gravidade do prejuízo causado na Nogueira, mutilada, e que tinha frutos pendentes, principalmente porque é uma árvore que dificilmente suporta cortes. Além de funcionar para mim, até como um restaurador de oxigénio, fornece nozes gratuitamente para quem passa. Mais valiosas que o eventual estorvo (?) dos seus ramos. Não é a primeira vez que atentam contra a NOGUEIRA. Porquê?
Entretanto as figueiras suportam tudo mas… pertencem-me!
Afinal para onde foram todos os Ramos cortados?
A minha idade e saúde já também se ressente de alguns danos morais que considero poderiam ser evitáveis. Entretanto já não tenho grande capacidade para lutas. E isso não pode servir para abusos.

Finalmente peço e até exijo uma explicação! QUEM? COMO? E O PORQUÊ? Da acção nestes moldes.
Os melhores cumprimentos Eixo 2009-09-24 aa)

9.7.08

Ao PAIZ

110 estudantes da
Universidade de Coimbra
4 de Dezembro de 1906
(entre os quais Diniz Severo Correia de Carvalho - 2º anno de medicina)





























































AO PAIZ
Dos estudantes revolucionários
De Coimbra


No manifesto publicado por esta forte geração de estudantes republicanos de 90 na alma heróica dos quaes nós queremos beber toda a crença e toda a audácia que formam homens e sagram luctadores, faz-se o processo documentado da dynastia de beatos, traidores e cobardes que é a dynastia brigantina, até esses inolvidaveis dias que seguiram o ultimatum de 11 de Janeiro e o convénio de 20 d’agosto. A Pátria, arrastada por todas as chancellarias da Europa aos pontapés do rei e dos governos, parecia eguer-se num impeto de raiva,galvanisada pela própria humilhação, vitalisada pela própria dor, contra as quadrilhas que a prostituíam à Inglaterra.
«É preciso – diziam os estudantes republicanos de 90 – que taes factos se não tornem a repetir, que à historia portuguesa não venham juntar-se novas paginas de vergonha e degradação, que o sr. D. Carlos seja o ultimo representante dessa dynastia de ineptos.»
É preciso – dizemos nós tambem - que o Sr. D. Carlos seja o ultimo representante duma dynastia de ineptos.
Esse manifesto appareceu a 15 de Novembro de 1890 e era, a par do candente libello d accusação dos Braganças, um apello ao partido republicano para que salvasse a pátria pela Revolução.
Como os estudantes republicanos de 90,nós apellamos para o partido republicano nesta hora de anciedade e de esperança, em que todo o paiz vibra num unisono cântico de guerra a caminho da Republica.
O manifesto de 90 foi verdadeiramente um toque de clarim.
Em 31 de Janeiro de 1891 rebentou a revolta no Porto A recordação dessa trágica madrugada faz-nos ainda derramar lágrimas de desespero. Porque falhou a revolta de 31 de Janeiro ?Nem nos cumpre averigua-lo, nem se sabe ainda bem porquê. A revolta falhou, e, enrolada no ultimo corpo cahido sobre as lages da praça de D Pedro, cahiu a ultima esperança de vitoria .O espírito da Redempção, que essa manhã de nevoeiro pairara sobre a alma portuguesa, batera as azas e desapparecera entre o fumo do ultimo cartucho, deixando-nos somente a imagem gloriosa nos olhos devorados de todas as anciãs dos vencidos.
A monarchia deu-se então mais uma vez a prometter os mais sábios processos políticos e a mais escrupulosa e honesta administração. A principio a Monarchia transigiu. «De sorte que o systema actual de governar é transigir: mas transigir sem preoccupação de formulas ,nem o menor respeito ás conveniências. As instituições não curam já d’assegurar o pretigio factício de que as cercavam as leis: agora fazem tudo ,como as prostitutas famintas, comtanto que as tolerem!»- commentava Fialho d’ Almeida .
Mas o systema de defeza pela oppressão e pela espionagem delineava-se já,porque sempre ao alcance dos medíocres a oppressão e a espionagem se afiguraram os pontos focaes da orbita governativa. Logo se publicou um decreto referente a forma de julgamento dos incursos na revolta, estabelecendo a retroactividade da lei. E pouco depois, em 26 de Fevereiro de 1891,publicou-se outro decreto estatuindo que os commandantes dos regimentos enviassem secretamente ao ministério da guerra, no fim do anno, informações sobre os officiaes que servissem debaixo das suas ordens.
Surge mais um ministério-salvador, o ministério Dias Ferreira .Oliveira Martins (mommsen ou Arlequim?) formula mais ou menos descaradamente a theoria do engrandecimento do poder real .
Publicam-se as leis de salvação publica. Vem a bancarrota. O Paiz soffre tudo. O Ministério Dias Ferreira está no poder poucos mêses. Uns após outros, esses ministérios salvadores, pretensas soluções de situações insolúveis, estatelam-se miseravelmente nas alcatifas dos paços reaes .
O partido republicano, sem direcção, sem plano, quasi sem homens (João Chagas, tenente Coelho no degredo ;José Sampaio, Basílio Telles, Alves da Veiga, no exílio; uns , recolhidos ao remanso dum gabinete d estudo; outros, facilmente desilludidos e cançados, tratando das terras e dos achaques) era, no entanto, ainda o espectro negro que perturbava a digestão do rei e respectivos serventuários e caudatarios. É que a republica não era já uma desforra , uma desaffronta das torpezas da monarchia e das cubiças da Inglaterra – era bem um ideal que se ia apoderando numa rapidez de vertigem,pela própria virtude immanente, da nação inteira.
Apparece na rampa o ministério Hintze –Franco-Valbom; e, alijados Bernardino Machado e Fuschini,que davam ao ministério certas garantias duma acção honesta e liberal,entra-se definitiva, cynica e impudicamente no engrandecimento da corôa, na coacção e na corrupçãso systematicas,no cerceamento de todas as regalias cívicas, no estrangulamento de todo os direitos de associaçõ, iniciativa e representação,na expulsão dos republicanos de todos os logares públicos, nas repressões e nas perseguições de toda a ordem, na emissão de leis e decretos in odiun, no triumpho da regedoria e do caciquismo, arvorados em processos de combate! Para que citar leis e factos? Leis e factos pesam ainda sobre nós como montanhas de chumbo . Nessa obra assassina tem o principal papel João Franco, que uma successão de intrigas travestiu de MESSIAS e que a lógica inelutável dos acontecimentos transformou numa catapulta inconsciente batendo os últimos reductos da monarchia .



A certa altura, porem, pouco depois da morte de Serpa Pimentel e enthronizada definitivamente à frente do partido e duma situação regeneradora a fatídica figura de estúpido-mau de Hintze, saco roto de banalidades rhetoricas e de capachismos monarchicos, que a posteridade um dia, cheia de pasmo e nojo, a custo admittirá como tendo sido qualquer coisa, numa terra onde não há sommente penitenciários ou idiotas - deu-se a primeira scisão adentro d’uma quadrilha monarchica.
A frente dessa scisão estava João Franco, o dictador, João Franco, o megalómano, exemplar pathologico curioso, servindo a demonstrar quanto podem na mentalidade apoucada e torcida d’um epiléptico, ignorante e mal educado, as narrativas históricas acerca de Nero, Tibério e outros monstros, os milhões que se herdam dos tios ricos e a passividade dos povos que supportam o coice dos asnos.
Invejoso, vesanico e rico, no cérebro do bachareloide inculto, a mania de sempre surgira com mais força – dominar, governar, mandar nos outros ! E ao comparar-se com Hintze que lhe roubasra o pennacho, reconhecia-se-lhe superior pela razão de que tinha mais, incomparavelmente mais dinheiro do que elle ! Sentia-se no direito de ser elle quem mandasse, queria mandar portanto! E assim se deu a scisão, não determinada por intuito nobre e levantado de regeneração nacional, por uma discordância fundamental de princípios, por uma incompatibilidade de consciências honestas com caracteres safados por todas as infâmias, enlameados por todas as estrumeiras, mas condicionada apenas , pela ambição desmedida dum nullo mal intencionado, garantido pelo dinheiro próprio e pela falta de vergonha dos outros.
No primeiro momento o pasmo foi enorme e instinctivamente, na defeza ciosa d’interesses ameaçados pela audácia do novo concorrente, regeneradores e progressistas deram-se ostensivamente as mãos, cerraram fileiras contra o inimigo comum.
Há espectáculos destes nas quintas às horas em que se deita o comer na gamella aos cães de guarda que rosnam e mostram o dente quando o conviva inesperado se approxima .
O rotativismo continuou. O que foi esse período, o estendal de vergonhas, de crimes, de misérias que a sua historia encerra, todo o paiz o sabe, Toda a gente aceada se engulha ao recorda-lo.
O reinado da pança, o império do devorismo mais sórdido, - montureira fétida fermentando com um impudor cynico, verminada das gulas mais vorazes, dos appetites mais inconfessáveis, no desmanchar da grande feira monarchica! A questão dos tabacos serviu a revolver o esterquilinio e o que veio à suppuração foi de tal ordem que de pasmar é como um grande typho moral não invadiu o paiz de sul a norte! E sempre acima de tudo, dominando tudo, como razão efficiente de tudo appareceu-nos a monarchia, o rei , o chefe da Falperra .Chamava-se ora Reilhac, ora Burnay, mas atravez da mascara transparente só não o conheceria um cego …
A critica da questão de há muito que está feita. Ella originou a dissidência progressista – um punhado de homens cuja atitude ainda falta definir precisamente porque, a menos que haja, como na phrase dum grande espírito, «uma obtusidade córnea ou uma má fé cynica», não tardará que esses homens se convençam da nenhuma efficacia das soluções intermédias que não servem para mais que retardar a cura e deixar que se alastre a infecção.
A questão dos tabacos, teve, como todas as grandes questões que apaixonam a opinião publica dum paiz, pelo aspecto moral que a revestiu, a vantagem de lançar jorros de luz sobre a bandalheira do regímen, deixando os seus homens por tal forma cobertos de ignominia e de lama, que perpetuamente ficará na historia das grandes figuras grotescas, esse encanecido velhaco d entremez a quem coubera em herança a chefia do histórico partido de Passos Manuel que, assobiado, pateado, insultado como um palhaço, cahiu ridiulamente do governo , para novamente ceder, logar ao fúnebre e odioso Hintze .

No espírito publico, no entanto, o descontentamento lavrava e a excitação accentuava-se pelas immoralidades constantes da administração e pelos attentados ininterruptos do poder que no dia 4 de Maio attingiu o mais alto grau de fúria repressiva, acutilando os cidadãos que no uso do seu direito saudavam algumas personalidades ilustres do partido republicano que tinham merecido a alta dignidade dos votos populares.
O rei, o governo, todas as auctoridades habituadas à passividade resignada do povo, que elles consideravam irremediável cobardia sem limites, esperavam que a repressão violenta estabelecesse pelo paiz a pacificação absoluta.
Enganaram-se, como se viu; o terror em logar de entrar no espírito da opinião entrou no Paço dos Reis, em cuja atmosphera corrompida se urdiam os saques do thesouro, se tramavam as violências exercidas, se ordenavam os assassinatos praticados !
Foi essa admirável manifestação do Campo Pequeno , em que vibrou a alma duma cidade inteira não só roubada nos seus direitos de representação, mas até impedida de testemunhar aos seus eleitos defraudados, o enthusiasmo e a confiança que elles lhe mereciam , que significou directamente à realeza o seu desprezo e a sua revolta, fazendo fugir dos espectáculos públicos , humilhado e detestado, o seu mais alto representante. Foi então que surgiu, a perturbar a vida regalada e as longas digestões deliciosas em que o rei se podia gabar de arrotar o paiz, a noção clara do perigo .
Como a nação se levantava com a decisão de quem queria ter direitos, como a irritação se alastrava,como os espíritos se incendiavam no fogo de uma revolta legitima , Era preciso um expediente immediato de acalmação que desarmasse as cóleras temerosas de um povo que ameaçava.
Foi assim que esse faccinoroso idiota que se chama Hintze Ribeiro, foi despedido e substituído pelo neo-democrata João Franco que por esse paiz fora andava a chorar copiosamente as lágrimas emocionantes d uma contricção tardia ! Como nas horas Sombrias do agonisar do império de Napoleão III, em que o histórico bandido, depois de dezassete annos de massacres, de torpezas, de dissipações, de violências, apercebido do perigo que corria, quis realizar a alliança da coroa com a democracia, assim também a monarchia portuguesa, num supremo expediente de salvação, arranjou o seu Emile Olivier que proclama o propósito de recuperar, dentro do regímen, as liberdades roubadas , os dinheiros confessadamente roubados.
Dezassete annos depois e que analogia de situações !
O Sr. D .Carlos, como Napoleão III, não quer deputados republicanos no parlamento, e Lisboa, como Paris, elege deputados republicanos .
O Sr. D. Carlos, como Napoleão III, duvidando da fidelidade incondicional do seu exercito temendo que elle seja tomado pela vertigem revolucionaria que faz crepitar a alma do povo cançado de soffrer, augmenta os soldos aos officiaes, imaginando vilmente prende los aos interesses inqualificáveis do seu throno condennado !
Como o sinistro canalha, que o golpe de estado de 2 de Dezembro acorrentou à ignominia duma traição eterna, fazia em plena assembleia legislativa a confissão hypocrita de que queria salvar a liberdade, elle que não tinha hesitado em manchar-se com as tintas rubras do sangue do seu povo que heroicamente reclamava, também o Sr. D. Carlos, criminoso responsável de delapidações confessadas e de tyrannias assignaladas na politica do torpe reinado que faz nódoa e vergonha na historia de uma dynastia-monturo, o Sr. D. Carlos proclama com estranho cynismo a necessidade absoluta duma administração séria e honesta !
Dezassete annos depois, como a França gloriosa dos dias heróicos desertava sob o sudário aviltante do segundo império para se lançar na trajectória luminosa dos seus destinos magníficos, também a pátria portuguesa surge da melancholia duma atmosphera de desgraça, que parecia pesar sobre nós com o cunho trágico duma inexorável fatalidade, para uma vida de resgate e de reparação inadiável.
E agora mais do que nunca ella se impõe. O ludibrio da monarchia democrática, immenso absurdo de que os habitantes se servem para captar os espíritos incautos, ou que os imbecis usam na inconsciência das phrases estrepitosas, cahe aos pedaços , esfarrapado e desmentido , diante da impossibilidade das promessas irrealisaveis e das violencias praticadas.
Os últimos acontecimentos da câmara dos deputados, em que dois representantes republicanos foram expulsos à coronhada de dentro da sala das sessões e despojados dos seus direitos por 30 dias, constituem uma vergonhosa arbitrariedade inédita dentro da própria chronica constitucional tão pejada de despotismos.
Foi Brutal, mas elucidativo! Fez cahir a mascara que disfarçava a face lívida de quem não soube nem pode ser outra coisa do que um ambicioso ruim dynamisado pela epilepsia dum tyranno, e se desfez a aureola de honestidade com que lhe circundava a fromte a illusão renitente dos ingénuos .
Se havia dentro do parlamento português representantes que mereciam ser invioláveis eram elles, os deputados republicanos.
Sahidos do poder e da sinceridade absoluta do suffragio popular, contra a vontade do rei, eram os únicos que verdadeiramente e legitimamente representavam o paiz .
Affrontando o clamor de uma maioria de subservientes, os rigores dum regimento draconiano, com candentes palavras de condennação para o rei e para a monarchia, não faziam mais do que representar a alma nacional na pureza dos seus sentimentos de justiça,e o pais inteiro na defeza dos seus haveres subtrahidos e dos seus interesses prejudicados .
A violência exercida sobre elles é pois , uma violência exercida sobre a própria nação, uma affronta à sua soberania,que demonstra nitidamente que os interesses nacionaes são incompatíveis com os interesses da monarchia que os direitos dos cidadãos são incompatíveis com os privilégios da monarchia que a honestidade de processos administrativos é incompatível com a moral da monarchia !
E diante da confissão dos adeantamentos illegaes feitos ao rei , da conducta brutal usada contra os deputados republicanos, da vida crapulosa dum regimento velho demais para iniciativas novas de regeneração e absurdo demais para emprezas fecundas de democracia ,só queremos e esperamos, como castigo de criminosos authenticos e como necessidade de desenvolvimento, de progresso, de grandeza moral do nosso povo, que o Sr. D. Carlos seja o ultimo ladrão da dynastia de Bragança !
A história está feita. Contra o absolutismo legalisado, diz um celebre historiador, só há o recurso da acção illegal dos indivíduos. Os povos que se resignam estão irremediavelmente condennados. A chaga que não se cauterisa, em poucos momentos corroe inteiramente um corpo e urge amputar o membro que apodrece. Em oitenta annos de constitucionalismo em quase três séculos de dynastia, a convicção da verdade ,já deve estar em todas as almas. A consciencia humana já não aceita, já não concebe o absurdo de famílias parasitas que receberam os povos em herança. É attentatorio da dignidade do homem! «Os reis são na ordem moral o que os monstros são na ordem physica!»disse-o do alto da tribuna deste templo da Justiça imorredoira que foi a Convenção Francesa, a voz vibrante e heróica do abbade Gregoire.
«A historia dos reis é a historia do martyrio das nações !» accrescentou o mesmo convencional, e esta phrase nunca se applicou melhor que a Portugal, que tem na historia dos seus reis a historia das suas vergonhas. Como homens, como portugueses, nós appelamos para o paiz para que faça a Republica ! Mais do que nunca ella urge – e estão invingados ainda os heroes de 31 de Janeiro !

Queremos ser livres, queremos ser felizes e basta para que o sejamos -eliminar a monarchia e fazer a Republica!


COIMBRA, 4 de dezembro de 1906


19.7.07

Calculos

Contos e Contas







Curiosidade do numero 142857
Multiplicador resultado



Em multiplicações sucessivas mantém-se sempre os mesmos algarismos alterando apenas as suas posições relativas. Excepção curiosa começa a verificar-se a partir do multiplicador 7 em que o resultado é noves; e a partir do multiplicador oito, o algarismo da última posição é desdobrado.
.



Simpatia dos números 13 e 16
13*13=169
1+6+9= 16
16x16 =256
2+5+6 =13



O quadrado de 13 é 169
Somando os algarismos obtemos o numero 16
O quadrado de 16 é 256
Somando os algarismos do resultado obtemos 13






QUATRO QUATROS





1. = 44/44
2. = 4/4+4/4
3. = (4+4+4) /4
4. = 4+(4-4) /4
5. = (4x4+4) /4
6. = (4+4) /4 +(4)
7. = (44/4) -4
8. = 4+4+4-4
9. = 4+4+(4/4)
10. = (44-4) /4























Curiosidades
BASE 10
Sistema de contagem multiplicação por dez
De pequenos que nos habituámos ao sistema de numeração decimal – sistema de base dez. -por utilizar 10 símbolos (algarismos) diferentes 0123456789, e por aumentar ou diminuir dez vezes consoante a posição relativa, desliza para a direita, ou para a esquerda.
Todos o conhecem desde cedo
Ex.
Para multiplicar um numero por 10 (dez) por (100) cem ou por 1000 (mil) basta colocar à sua direita um zero, dois zeros, ou três zeros, respectivamente.
3*10=30
3*100=300
3*1000 =3000
Para divisão recua uma casa para a esquerda
(operação inversa)























Curiosidades BASE DOIS

Sistema binário ou de base dois é outro muito importante sistema de contagem
Este sistema permitiu o estudo desenvolvimento e construção de computadores uma vez que estes apenas têm que reconhecer como algarismos dois sinais o zero e o um
Vejamos a correspondência base10/base2
1 01
2 10
3 11
4 100
5 101
6 110
7 111
8 1000
9 1001
10 1010
Bit = binary digit= dois digitos binarios (0 e 1)
Byte = by eight= por oito bits
POTENCIA DE DOIS
2
4
8
16
32
64.
128
256
512
1024
2048
4096
8192
16384
32768
65536
Os números atrás referidos apareciam com frequência na publicidade dos primeiros computadores pessoais sob a forma de capacidades … do disco , da ram , limites , programas , cores , vírus , etc.… etc.… etc.…


Multiplicação por onze


O professor dava uma aula sobre as propriedades da multiplicação numa sala com 35 alunos.
Dizia ele:
Se eu der a cada um de vós um saquinho com 11 rebuçados quem é que é capaz de me dizer rapidamente, sem lápis nem papel, quantos rebuçados eu preciso?

Resposta pronta do João: -385
- O número, Trinta e cinco é formado por dois algarismos.
O algarismo três, e o Cinco.
Somando os dois obtivemos oito.
Logo intercalando o total nos dois algarismos temos que 11x 35 =385.
São precisos 385 rebuçados.


Outro exemplo15x11
=165
Com efeito: - 1+5=6
1? 5
165




Exemplo do QUADRADO DE UM NUMERO DE DOIS ALGARISMOS TERMINADO EM 5


Se eu quiser dar 35 rebuçados a cada um? Insiste o professor.
Quem sabe? 35*35=?
Levanta-se o zé:
O número Trinta e cinco, é formado por dois algarismos: - três e cinco.
Multiplicamos o número 3 pelo seu consecutivo (que é 4) obtivemos 12
E
Multiplicamos o número 5 por si próprio (quadrado) e obtivemos 25.
Os resultados são respectivamente 12 e 25
Basta justapor os dois resultados.
Assim: 35 x 35; ou seja = 12;25 = 1225
Outro exemplo
65x65
6x7 =42
5x5 =25 de onde...42...25= 4225


Diz o professor
Operação de calculo mental

Tenho um saco com rebuçados para distribuir pelo Manuel e pelo João por terem tido as melhores notas no teste.
O saco contém 23 rebuçados.
Como o Manuel teve a melhor classificação recebe mais cinco rebuçados.
Quantos ficaram para o João?


Depois de alguma hesitação diz o Joaquim:
Se o João recebe menos cinco eu retiro 5 do saco e deixo 18 lá dentro . Divido estes por dois e dou a metade a cada um, ou seja 9.
Ao Manuel dou mais os cinco que retirei do saco e fica ele com 9+5= catorze.
O João fica com 9
14+9 = 23
MUITISSIMO BEM! Diz o mestre.

x+y=23
x-y=5
=x+x-5=2x-5=23=2x=28=x=14


















Tabuada dos 10 a 20
18x17
=(18+7) X10+7x8=25x10+56=306
1. Ao primeiro factor juntam-se as unidades do segundo
2. Multiplica-se por 10
3. Multiplicam-se as unidades dos dois factores entre si
4. Somam-se mentalmente os resultados.
Ex.
14x16
14+6=20
20x10=200
4x6=24
Total = 224



17x16= (17+6) x10+6x7=23x10+42=272

JURAMENTO

PARA O RICARDO:
PANACEIA*
RICARDO:
Se teus mestres respeitares
E cuidares de teus parentes
E,
Se os teus pais amares;
Ensinares
Aos que forem teus discentes
E
Se tu te aproximares
De todos os pacientes,
E, por juramento, ajudares
A aliviar os doentes;
Se prescreveres a cura
Com o teu melhor saber
E de forma bem segura
Impeças quem quer morrer,
Negando ajuda mortal,
A quem, na sua aflição
Já não veja no final
Mais que as tábuas dum caixão,
Se resistires a essa sorte,
E mantiveres a ilusão
Que podes vencer a morte
Naquele ultimo esticão ,
Se meios não forneceres
Que anulem a concepção
Para que cresçam os seres
Gerados pela paixão,
Se apenas tiveres em mira
O proveito dos doentes
Nos lares que tu visitares,
Se em segredo mantiveres
Um acto que te admira,
Se ao estudo dedicares
As horas do teu lazer
E portanto investigares
Formas doces de morrer
De forma a aprofundares
Todo o teu saber;-
RICARDO !
Tu não só serás um Médico
Como serás UM HOMEM!

DO TIO RUI
EIXO 06.05.95
*(apolo+esculapio+kipling... q.b.)

26.4.07

(in... « férias avec »)
A promessa
O ti António botas era o feitor de uma quinta em Santa Comba Dão. De poucas posses tinha um filho na primária que era um aluno excepcional. Estaria ,quando muito, destinado a ser um bom cavador. A madrinha, baronesa, dona da quinta e pessoa de posses e muita influência mandou chamar o feitor:- António , disse : - temos de dar estudos ao teu pequeno! É uma pena que não seja aproveitado!- Mas Vossa Excelência Senhora baronesa bem sabe que não tenho posses.- Não te incomode! Põe-se o miúdo no seminário e deixa-se seguir, sempre lhe darei o apoio que esteja foradas tuas possibilidades. Mais tarde, se não desejar ser padre encarregar-me-ei do curso que ele escolher.O tempo correu. Com a implantação da república e grande antipatia pelos seminários verificou-se uma grande baixa nas ordenações. E é assim que ele aparece em casa dos pais armado do seu canudo de Direito pela Universidade de Coimbra.- Meu filho , - diz o velho pai , com lágrimas nos olhos! Para ser feliz só me falta cumprir a promessa que nós - eu e a tua mãe - fizemos ao Santo António. Que promessa ? Pergunta o jovem doutor?- Prometemos ao santo nosso protector que lhe daríamos o valor de uma vaca no dia em que acabasses o teu curso de doutor. E, chorava, o pobre homem deveras comovido.- Muito bem! Diz o novo doutor com os olhos a luzir:- O meu pai entrega-me a vaca que eu próprio a irei vender na feira da vila.No dia seguinte pede à mãe que lhe dispense um grande galo branco que mete debaixo do braço esquerdo sob um capote de burel.Com a mão direita segura a vaca pela soga e dirige-se à feira .- Ora muito bom dia senhor doutor! Cumprimenta-o um conhecido negociante de gado .Bons olhos o vejam por cá! Veio para comprar, ou para vender?- para vender! Estará interessado ?Reponde-lhe o vizinho:- Estou sim, essa vaca é um belo exemplar!Pois bem diz o doutor, vendo barato, apenas por 2$500reis.- Está a brincar?- Não estou. Só que, não vendo a vaca sem o galo. E mostra-lhe o soberbo galo que trás debaixo do capote.- E quanto pede pelo galo?-25 Notas ! (de 100)- O Sr. Doutor manga de mim ? Não! Ou vossemecê compra tudo, ou não compra nada!Bem, se é assim, um galo e uma vaca por 2502$50penso que é um preço justo. Fecho já o negócio.Assim que chega a casa o novo doutor estende uma nota de dois mil e quinhentos reis , com fundo azul e verso alaranjado e diz:- Meu pai faça-me o favor de cumprir a sua promessa entregando essa nota para o santo da sua devoção que foi o preço que eu consegui pela sua vaca. E aproveite a ocasião para entregar à mãe, para guardar, debaixo do colchão, estas vinte e cinco notas no total de dois contos e quinhentos mil reis que foi o apurado na venda do Galo que a mãe me dispensou .
Amiga!
Meu computador falhou.Tive que o formatar .
Perdi dados interessantes , mas ,uma coisa ficou!-Um fascínio pela sua personalidade .
Pode crer que :-sendo mulher , gentil, nova ou sem compromissos ,viuva, em bom estado , divorciada , ou idosa como eu ; homem , HOMO, travesti ou larilas creio que temos uma coisa em comum : a insuportabilidade (desculpe o palavrão made by me) dos profetas do BOTAS e de todos os seus acólitos .Não sei como e , quem gere o seu e-mail .Penso que por detrás da CIDALIA se esconde um lutador (a)
Tive a honra, em tempos, de subscrever uma petição iniciada por JV sobre a extinção da RTP2 .Faria o mesmo pela GR .

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